Mais uma postagem do Rex Publica que vale a pena visitar.
É sobre a proibição aos técnicos da Embrapa de participar de uma audiência pública da Câmara dos Deputados, sobre o novo Código Florestal.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Abaixo o racismo
Postei no Rex Publica, mas acho que cabe aqui também. Racismo é um atentado contra a humanidade de cada um de nós:
http://rexpublica2010.blogspot.com/2011/02/abaixo-o-racismo.html
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Movimento antimanicomial: genocídio foucaultiano?
Encontrei o texto abaixo na internet, e fiquei em dúvida onde postá-lo: no meu blog mais filosófico ou no político? Optei por colocá-lo aqui, pois a despeito de suas óbvias referências ao debate político, acredito que ele suscita uma reflexão mais ampla sobre o pensamento e suas relações com a práxis.
Sr Marcos Rolim; por que não te calas?
Pensar o
mundo em uma polaridade de bem e mal, com contornos claros entre os dois, é uma
possibilidade didática, mas que não dá conta da realidade. Um senhor nascido
antes da primeira guerra dizia: “no meu tempo só existiam dois tipos de
mulheres, as putas e as de família. O problema é que hoje tudo é
intermediário”.
Lamentavelmente, ou felizmente, nos tempos atuais, tudo é mesmo intermediário. Já não podemos mais ignorar todos os matizes do cinza, que está
no espectro entre o preto e o branco. Não podemos ignorar que o mais alvo dos
gatinhos, de noite se nos configura pardo. Não podemos ignorar a zebra listrada, a
vaca malhada e as manchas impuras na biografia de qualquer santo.
Mas
o raciocínio das polaridades – não o das multipolaridades, e sim o das
bipolaridades antagônicas e simétricas – ainda é um recurso de estilo muito
difundido, em especial por uma esquerda de menos luzes, uma baixa esquerda.
Eventualmente por saudosismo do tempo da ditadura militar, onde o mundo era de
fato sem matizes, no tempo das canções do Chico Buarque, passados 40 anos,
ainda temos muita gente que prefere descrever o mundo em termos polares, ou de
dois pólos apenas: o mal e o bem, “eles e nós”, o progresso e o neoliberalismo,
ou que polaridade se desejar.
O
pensamento bipolar é muito atraente: por ser didático, é de fácil compreensão
pela maioria iletrada. Compor um discurso na base do “nós contra eles” (ou
melhor ainda, eles contra nós), é muito apelativo, pois conecta o
leitor/eleitor a um universo desejável, onde tudo é claro, reconfortante. É um
universo simples, compreensível, um mundo do pré-primário, o mundo dos filmes
de Hollywood, onde personagens complexos (movidos pelo bem e ao mesmo tempo
pelo egoísmo) não são comercialmente vendáveis. O mundo do pensamento bipolar é
o mundo do Tea Party, um mundo simplista e simplório, maniqueísta, mas muito do
gosto popular, ainda que um tanto desprovido de inteligência.
Não
encontro outro motivo para a popularidade do presidente Lula, para a reeleição
de Dilma, senão o abuso deste recurso estilístico. Retirar Ciro Gomes da
disputa era fundamental para manter apenas dois pólos da campanha. O
crescimento de 20% de um discurso ecologista, para além do bem e do mal, foi
uma surpresa para o petismo, por escapar do desejável universo preto-branco. O
ex-presidente FHC inclusive ironizou esta esperta estratégia de Lula de sempre
manter a bipolaridade, ao dizer que o PT tinha uma quantidade suficientemente
boa de feitos positivos para poder abrir mão da obsessiva comparação do
presente com o que veio antes. Lula e a campanha de Dilma contudo sabiam que
sem o pensamento bipolar, o apelo do discurso se perderia. O bordão de Lula que
ficou, não por outro motivo, foi o “nunca antes na história deste país”.
Tirado
do contexto da política, esse tipo de pensamento deu formato e força de
denúncia a um movimento da década de 80 no nosso meio, o chamado movimento antimanicomial,
ou movimento da antipsiquiatria. Um teórico da época, o então deputado Marcos Rolim, autor da lei da reforma psiquiátrica aprovada em 1992,
eventualmente por ser na época petista, colocava as coisas nesses termos bipolares.
Na
visão do movimento, a doença mental era um construto criado pelos psiquiatras.
A simplificação era apelativa, o projeto era claro: fechar o leito psiquiátrico
iria reformar a psiquiatria.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Deputados britânicos vão para a prisão por despesa...
Deputados britânicos vão para a prisão por despesa...: "Julgado por fraudar despesas parlamentares, o ex-deputado trabalhista Eric Illsley, 55, foi conduzido à prisão comum de Wandsworth, em Londres, onde deve ficar por um ano na companhia de assassinos, ladrões e estrupadores.."
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