sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Volta a Lyssenko

Mais uma postagem do Rex Publica que vale a pena visitar.
É sobre a proibição aos técnicos da Embrapa de participar de uma audiência pública da Câmara dos Deputados, sobre o novo Código Florestal.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Movimento antimanicomial: genocídio foucaultiano?

 Encontrei o texto abaixo na internet, e fiquei em dúvida onde postá-lo: no meu blog mais filosófico ou no político? Optei por colocá-lo aqui, pois a despeito de suas óbvias referências ao debate político, acredito que ele suscita uma reflexão mais ampla sobre o pensamento e suas relações com a práxis.


Sr Marcos Rolim; por que não te calas?

 Pensar o mundo em uma polaridade de bem e mal, com contornos claros entre os dois, é uma possibilidade didática, mas que não dá conta da realidade. Um senhor nascido antes da primeira guerra dizia: “no meu tempo só existiam dois tipos de mulheres, as putas e as de família. O problema é que hoje tudo é intermediário”.
 Lamentavelmente, ou felizmente, nos tempos atuais, tudo é mesmo intermediário. Já não podemos mais ignorar todos os matizes do cinza, que está no espectro entre o preto e o branco. Não podemos ignorar que o mais alvo dos gatinhos, de noite se nos configura pardo. Não podemos ignorar a zebra listrada, a vaca malhada e as manchas impuras na biografia de qualquer santo.
 Mas o raciocínio das polaridades – não o das multipolaridades, e sim o das bipolaridades antagônicas e simétricas – ainda é um recurso de estilo muito difundido, em especial por uma esquerda de menos luzes, uma baixa esquerda. Eventualmente por saudosismo do tempo da ditadura militar, onde o mundo era de fato sem matizes, no tempo das canções do Chico Buarque, passados 40 anos, ainda temos muita gente que prefere descrever o mundo em termos polares, ou de dois pólos apenas: o mal e o bem, “eles e nós”, o progresso e o neoliberalismo, ou que polaridade se desejar.
 O pensamento bipolar é muito atraente: por ser didático, é de fácil compreensão pela maioria iletrada. Compor um discurso na base do “nós contra eles” (ou melhor ainda, eles contra nós), é muito apelativo, pois conecta o leitor/eleitor a um universo desejável, onde tudo é claro, reconfortante. É um universo simples, compreensível, um mundo do pré-primário, o mundo dos filmes de Hollywood, onde personagens complexos (movidos pelo bem e ao mesmo tempo pelo egoísmo) não são comercialmente vendáveis. O mundo do pensamento bipolar é o mundo do Tea Party, um mundo simplista e simplório, maniqueísta, mas muito do gosto popular, ainda que um tanto desprovido de inteligência.
 Não encontro outro motivo para a popularidade do presidente Lula, para a reeleição de Dilma, senão o abuso deste recurso estilístico. Retirar Ciro Gomes da disputa era fundamental para manter apenas dois pólos da campanha. O crescimento de 20% de um discurso ecologista, para além do bem e do mal, foi uma surpresa para o petismo, por escapar do desejável universo preto-branco. O ex-presidente FHC inclusive ironizou esta esperta estratégia de Lula de sempre manter a bipolaridade, ao dizer que o PT tinha uma quantidade suficientemente boa de feitos positivos para poder abrir mão da obsessiva comparação do presente com o que veio antes. Lula e a campanha de Dilma contudo sabiam que sem o pensamento bipolar, o apelo do discurso se perderia. O bordão de Lula que ficou, não por outro motivo, foi o “nunca antes na história deste país”.
 Tirado do contexto da política, esse tipo de pensamento deu formato e força de denúncia a um movimento da década de 80 no nosso meio, o chamado movimento antimanicomial, ou movimento da antipsiquiatria. Um teórico da época, o então deputado Marcos Rolim, autor da lei da reforma psiquiátrica aprovada em 1992, eventualmente por ser na época petista, colocava as coisas nesses termos bipolares.
 Na visão do movimento, a doença mental era um construto criado pelos psiquiatras. A simplificação era apelativa, o projeto era claro: fechar o leito psiquiátrico iria reformar a psiquiatria.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Deputados britânicos vão para a prisão por despesa...

Deputados britânicos vão para a prisão por despesa...: "Julgado por fraudar despesas parlamentares, o ex-deputado trabalhista Eric Illsley, 55, foi conduzido à prisão comum de Wandsworth, em Londres, onde deve ficar por um ano na companhia de assassinos, ladrões e estrupadores.."