Esta distinção daria conta não
só do afastamento do público em relação às análises e coberturas políticas
“sérias” da mídia, mas também, em larga medida, do conceito negativo da
população – que as pesquisas de opinião revelam – em relação aos políticos e à
própria política e suas instituições.
Contudo, é preciso questionar
esses conceitos, por mais que eles sirvam à satisfação dos “porta-vozes do
interesse público” e minimizem o fato de que a maior parte da população os
rejeita ou ignora.
PJs e BBs
Stephen Coleman, professor
visitante de e-Democracy no Oxford Internet Institute (OII), oferece uma
inovadora abordagem sobre o tema, voltada a questionar a forma passiva como
esse afastamento entre interesse público e do público tem sido aceita. No que
segue, tratarei de apresentar e resumir suas idéias, muitas vezes recorrendo às
suas próprias formulações[1].