(Tomei a liberdade de acrescentar uns subtítulos)
Paulo Faria |
Magnífico Reitor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Prof. Carlos Alexandre Netto;
Ilma. Sra. Vice-Diretora
do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Profa. Sílvia Altmann;
Professores e
funcionários homenageados;
Demais autoridades
presentes;
Formandos dos Cursos de
Graduação (Licenciatura e Filosofia) em Filosofia;
Formandos dos Cursos de Graduação
em Ciências Sociais;
Senhoras e Senhores.
No ano 399 antes de Cristo, provavelmente nos primeiros dias do mês de
Targélion (vale dizer, aí por meados de maio no calendário gregoriano), um
tribunal ateniense condenou à morte, por maioria de votos dos mais de
quinhentos membros do júri popular que o integrava, um homem que alegava – como
ele teria dito em sua defesa – não ter feito outra coisa de sua vida que
‘submeter a exame’ a si mesmo e aos outros (em discussões travadas em toda
sorte de ocasiões, privadas e públicas; nas ruas de Atenas; não raro, na praça
do mercado), na convicção de que ‘uma vida não examinada não vale a pena de ser
vivida’.